domingo, 1 de julho de 2012

Antes tarde do que tarde demais!

Nesta semana, no último dia 27, numero que se tornou como que um talismã pra mim (basta ver o endereço de meu email, rsrsrsrs), completei 49 anos. Assim, seria impossível não escrever hoje sobre os acontecimentos que, normalmente, insistem em nos assaltar nestas ocasiões.



Já confessei várias vezes aqui, nos artigos desta coluna, uma certa implicância com as tais “redes sociais”. Demorei um tempão para ter um blog, mas não teve jeito, a pressão dos amigos foi grande e já estou no segundo deles... Apesar dos blogs, no geral, já terem ficado em segundo plano nesse etéreo e fugidio mundo virtual em que vivemos ultimamente.

Orkut nem cheguei a entrar. Ainda bem, porque parece que já não acontece nada de muito interessante por lá mesmo. Assim economizei todo aquele trabalho de aprender como funciona e encontrar uma forma própria de usar, o que sempre demanda certo tempo e dedicação.

Já o Facebook me assusta. Não deixa de ser impressionante o tempo que as pessoas tem dedicado a essa inocente brincadeira (sobre essa possível inocência esclareço que escrevi a esse respeito na coluna Lá e Cá, no artigo intitulado “Quem acredita em Papai Noel? e no Facebook?”, de 25 de maio, no Jornal A Gazeta e que pode ser encontrado também no site www.jorgeviana.com.br). Ainda assim, não consegui mais resistir à pressão de ter que navegar por lá também e entrei na rede. Ou, talvez, fosse melhor mesmo dizer que... como um peixe pouco atento, cai na rede.

Mas, devo reconhecer que nem tudo são armadilhas ou superficialidades nesse novo mundo internético. Afinal, nas duas últimas semanas, desde que a Rio + 20 frustrou quem esperava o anúncio de uma nova concepção de mundo pelos governos de nosso combalido planeta, aconteceu um movimento muito bacana de encontro de vários antigos amigos meus. Pessoas com quem tive o prazer de conviver na época da Faculdade, nos já longínquos anos 80.

Pois o povo se reencontrou por lá pelo Rio e eu, que nem lá estava, também fui reencontrado por eles, via Facebook principalmente. Que prazer saber que pessoas que você amou intensamente durante certa fase da vida estão bem, tocando suas vidas, amadurecendo nessa difícil lida de encontrar um caminho com coração, como nos ensinou já naquela época o bom e velho Carlos Castañeda.

E ai o inevitável aconteceu. Fotos antigas publicadas, doces lembranças, conversas quentes. Enfim... Devo admitir que esse foi um grande presente de aniversario antecipado, possível graças a uma dessas tais “redes sociais”. Mas, porque sou teimoso, pro Twitter, Instagram e outras ainda não me rendi... só não sei mais dizer até quando...
* * *


Foi uma grande surpresa pra mim quando recebi um email anunciando o tal Simpósio Internacional de Arqueologia que aconteceu essa semana com a presença de Ondemar Dias e Franklim Levy, com a abertura do evento e a fala destes dois extraordinários pesquisadores exatamente no dia 27. Não pelo Simpósio em si que eu já sabia que ia acontecer. Mas haviam me informado que seria em julho. Portanto, ver o Ondemar mais uma vez em ação falando sobre arqueologia acreana exatamente no dia do meu aniversario foi um grande e inesperado presente.

Pra quem não leu os muitos artigos que publiquei aqui nesta coluna nos últimos cinco anos sobre arqueologia acreana, deve estar sendo difícil compreender porque tanta alegria. Para esses esclareço que foi com Ondemar Dias Jr que aprendi tudo que sei sobre o oficio dos arqueólogos em trabalhos memoráveis no litoral do Rio de Janeiro, nas cavernas de Minas Gerais e nos sítios com estruturas de terras do Acre.

Assim como tenho que aproveitar também pra dizer que o reconhecimento de Ondemar Dias e Franklin Levy como os verdadeiros descobridores daqueles sítios que hoje vem sendo tratados como geoglifos é mais do que merecido, ainda que muito tardio. Afinal, essas pesquisas aconteceram há 35 anos.

Tá certo que esse reconhecimento é ainda incompleto e insuficiente na medida em que insiste em ignorar o excepcional trabalho desenvolvido por Mauricélia Souza (mais conhecida como Celinha por todos aqui no Acre) que foi a primeira arqueóloga acreana de fato e responsável, junto com o próprio Ondemar Dias, pelas primeiras escavações em sítios deste tipo, nas igualmente memoráveis campanhas de 1992 e 1994. Porém sei que isso é apenas uma questão de tempo porque o poder das histórias que precisam ser contadas, porque definidoras do que somos, é inexorável.


Obs: Ainda em tempo não posso deixar de agradecer aos muitos amigos que fizeram questão de me dar suas sinceras felicitações no dia 27, seja através de telefone, email, ou mesmo do tal Facebook... Saibam que todos vocês me deixaram muito feliz, porque é bom demais ter bons amigos...

2 comentários:

  1. Marcos,
    antes tarde do que tarde demais quero aproveitar para te felicitar pelos seus 49 aninhos. Se eu também tivesse facebook teria te cumprimentado no dia certo, mas por enquanto me limito a um e-mail e um blog. Ainda sou moderno a moda antiga.
    Aproveito também para felicitá-lo pelos últimos artigos sobre o Acre. Não perdi nenhum. Particularmente sou muito grato a você pela capacidade prodigiosa de dissecar e disseminar (me desculpe esses verbos) a história acreana.
    Fraterno abraço!

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    1. Realmente dissecar é fogo... me lembrei que antes de gostar de história, quando menino gostava de biologia e minha mãe ficava braba quando eu inventava de dissecar lagartixas e aranhas fingindo ser cientista... axcho que pode ser dessa época essa tendencia a "dissecar"...
      Brincadeiras a parte... obrigado por seu incentivo sempre... A vantagem do Facebook é que vc pode divulkgar mais seu blog... experimenta... qualquer coisa sai... rsrsrsrs... abs

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