José Evangelista Torres também conhecido como Zeca Torres Pequeno devido a sua pequena estatura e para diferencia-lo do Zeca Torres I (o compositor anterior) que era alto. Além do nome, os dois Zecas Torres tinham mais uma semelhança, o extraordinário talento musical. Mas as coincidências acabam ai. Zeca Torres II tinha um temperamento completamente oposto ao primeiro. Além de adorar uma bebida, seu estilo musical era alegre e popular, onde predominavam sambas e marchas. A todo momento durante essa pesquisa deparávamos com as histórias do Zeca Torres Pequeno. Ou seja, por seu estilo de vida, ele tornou-se um personagem folclórico da musica acreana.
De seus dados biográficos mais específicos, pouco sabemos. Existe uma controvérsia entre as fontes quanto à sua origem. Enquanto duas informações nos dão conta de que Zeca Torres II era do Piauí, outras duas nos contaram que ele era natural do Ceará. Seja como for, em meados da década de 40, ele já fazia parte da Banda da Guarda Territorial, compondo uma extensa e variada quantidade de musicas, seja para serem tocadas pela Banda, seja para serem cantadas em festas populares. Além disso, consta que passou uma temporada em Sena Madureira, na década de 50, onde teve inclusive uma escola de sanfona.
Mas a principal característica de Zeca Torres II ficou mesmo registrada pela memória popular acreana. Reza a lenda que todas as vezes que ele ia preso, e ia muito graças à bebida, ele fazia uma musica, normalmente com o objetivo de sair da prisão. São comuns, por isso, as marchas, valsas e outras composições suas oferecidas aos comandantes da Guarda ou às suas esposas. É preciso dizer que normalmente o expediente funcionava e ele era libertado. Aliás, uma de suas mais famosas canções trata exatamente deste tema e era mais ou menos assim:
"Encarcerado eu me achava,
triste relembrando a minha dor,
a lua que no céu brilhava,
sorria docemente da minha dor"
Outro episódio que é sempre lembrado quando o assunto é Zeca Torres Pequeno foi-nos contado da seguinte forma:
“Certa vez ele vinha do outro lado, bêbado que só o diabo, e nesse tempo não tinha ponte, era catraia. Ai ele queria atravessar e o catraiero devia estar do lado de cá, porque sempre tinha um de plantão. Ele chamou: Catraiero ! Catraiero ! E nada do catraiero aparecer, e tava querendo chover, e já chuviscando, parece que o catraiero tava cochilando e nada de aparecer. Ai ele pegou uma canoa vazia que estava encostada e foi remar, mas não sabia remar e a canoa começou a descer de rio abaixo. Ai ele gritou, Seu Zé da Rocha...(era um catraiero antigo que tinha aqui)...
Seu Zé da Rocha venha me salvar
a canoa vai descendo e eu não sei remar !
Pronto! No outro dia a cidade tinha mais um samba!”
Vai meu samba
Vai meu samba
Despertar aquela ingrata
Que dormindo não escuta serenata
Vai meu samba
Dizer a ela bem baixinho
Que eu vivo tão só
Sem amor e sem carinho
Você meu samba que nasceu
De um botequim
Reconheça as minhas mágoas
Ninguém sofre igual a min
A minha vida
Triste vida igual a sua
Hei de morrer cantando
E namorando a lua.
Autor: Zeca Torres Pequeno
Ele era meu pai. Zeca Torres. Essa música foi cantada por minha mãe várias vezes, e eu assim que vi aqui reconheci. Que emoção! Eu me lembro de suas canções, cantamos muitas dele na rádio do Rio Grande do Sul. Meu pai partiu com minha mãe (amazonense)para esse estado onde nasceram duas filhas dele: Izane e Ivone ((eu)
ResponderExcluircontinuando :
ResponderExcluiralém de Ivete (essa a mais velha nasceu em Manaus antes de mim))e Zeca Torres Filho (nasceu em Minas), meu irmão caçula.
Não sei nada de meu pai antes dele conhecer minha mãe. Mas soube pela minha tia, irmã dele, que ele havia morado no Acre, antes de conhecer minha mãe.
e que havia casao por lá antes da minha mãe.
Meu pai era cearence da gema, nasceu em Viçosa, não no Piauí.
Por favor postem uma foto de meu pai-Zeca Torres.
ResponderExcluirObrigada
Será que não obterei nenhuma resposta sobre o meu pai Zeca Torres (pequeno)?
ResponderExcluirEstrídulo silencio...
Provavelmente você seja irmã do cantor amazonense Zeca Torres, conhecido como Torrinho. Uma vez falando com o Sergio Souto sobre essa música, que foi gravada pelo cantor acriano Da Costa, o Torrinho entrou na conversa e se interessou em saber sobre o Zeca Torres, que possivelmente seria seu pai.
ExcluirProcure no facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100000741707169
Ouça a música, gravada no disco do Da Costa, mas cantada pelo Bararú:
Excluirhttp://www.4shared.com/mp3/MbkTzwAB/Vai_meu_samba-Da_Costa__Canta_.html?
Sim Damião, Zeca Torres Filho, Torrinho, é meu irmão. Ele é mineiro, e mora no Amazonas, desde 13 anos e de lá não saiu mais. Esta música aí gravada por Bararú, eu já a conheço, minha mãe cantarolava.
ResponderExcluirE voce é Acreano, mora no Acre?
ResponderExcluirTenho curiosidades em relação a vida de meu pai Zeca Torres II, no Acre, pois, nascemos depois que ele saiu para Manaus, onde conheceu minha mãe.
Oh Ivi desculpe! Só agora vi seu comentário!
ExcluirEu moro em Rio Branco sim, mas não conheci seu pai, que acredito ter ido embora quando eu ainda era menino.
Sou acreana e filha de Zeca Torres (pequeno)meu pai construiu família em Rio Branco, eramos três, sendo que um faleceu em 2002 de aneurisma cerebral, por nome de Irapuan, agora só resta eu,e Dagmar,graças a Deus que encontrei todos meus irmãos, através do facebook. Obrigada Deus por tudo
ResponderExcluirPessoas da época do Coronel Fontinele, João Donato da MPB,sabe da nossa existência.
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