domingo, 24 de outubro de 2010

O Cavaleiro da digna figura

Há pessoas que a gente conhece ao longo de toda uma vida e nunca consegue conhece-la realmente. Por outro lado, há aqueles que bastam um breve contato para que se tenha a mais completa consciência de sua inteireza e retidão. Pois, mais uma vez, o Acre me presenteou com a imensa honra de conhecer um desses homens.

Certo dia, inesperadamente, apareceu lá no mais belo seringal urbano de todo o mundo, o Parque Capitão Ciriaco, jóia preciosa de Rio Branco, uma mocinha muito interessada na história da acreana. Pediu-me para lhe dar uma entrevista e foi com muito prazer que topei falar do pouco que sabia sobre o tema de seu interesse.
Aos poucos, a mocinha foi se soltando e pra minha sorte começou a chover e a ventar bastante, o que provocou, como de praxe, uma falta de energia. O jeito então foi emendar a conversa/entrevista na varanda, bem de acordo com as melhores tradições acreanas. E como a chuva não nos deixaria ir embora mesmo, o fim da entrevista marcou o início de uma outra conversa na qual fiquei sabendo que aquela interessada pesquisadora era a jornalista Jannice Dantas, minha parceira, já que também é colunista/colaboradora deste jornal.
Conforme ela ia ganhando confiança foi que fiquei sabendo que ela sobrinha-neta (se não me falha a memória) do ex-governador Wanderlei Dantas e o que se seguiu então foi completamente surpreendente para mim. Jannice começou a desfiar uma interpretação inteiramente diferente de tudo que havia ouvido antes sobre o governo do Dantinha. Um governante que tantas vezes tem sido demonizado pela nossa história como aquele que trouxe os pecuaristas e madeireiros para o Acre e assim teria provocado aquele turbilhão de acontecimentos trágicos que resultou numa guerra entre os povos da floresta e os “paulistas” que nos invadiam.
Repentinamente passei de entrevistado a entrevistador. Surpreso por uma nova e distinta interpretação acerca do papel desempenhado por Dantinha, no contexto da Ditadura Militar, como um tema que merece uma maior atenção e novas interpretações menos pressionadas por contextos ideológicos e mais preocupada com as profundas motivações sociais dos diferentes fenômenos políticos que atingiram o Acre nos últimos cinqüenta anos. Mas, esse é um outro assunto e merece um miolo de pote exclusivamente sobre ele.
O certo é que nesta inesperada conversa ao pé da varanda, há meia luz do entardecer chuvoso, ouvi muitas e importantes histórias, dentre as quais, uma outra que me chamou especial atenção. Essa dizia respeito ao avô de Jannice, o Sr José Higino, acreano de Tarauacá. E tamanha foi a admiração que Jannice revelou em sua breve fala que fui tomado pela necessidade de conhecê-lo o mais breve possível.
Felizmente, a oportunidade não se fez esperar. Logo me encontrava, por arte de uma dessas inesperadas tramóias do destino, diante daquele antigo acreano. E não posso aqui me esquivar de descrever, ainda que sucintamente, a forte impressão que o Sr. José Higino me causou logo à primeira vista. Tratava-se de um homem alto, esguio, de gestos elegantes, voz grave e pausada de um jeito muito especial e singular. Diria mesmo que se tratava de um cavaleiro andante daqueles das histórias das cruzadas. Mas, diferente do famoso cavaleiro da triste figura, Dom Quixote de La Mancha, que se tornou famoso por seus delírios e fantasias, Seu José Higino, na verdade, exalava grande dignidade pessoal associada a uma delicada sensibilidade que inspirava, de imediato, completa confiança.
E foi assim que pude conhecer mais um grande escritor acreano que logo me presenteou com um exemplar de seu extraordinário livro “A luta contra os astros”. Emocionante saga familiar ambientada em uma Tarauacá que não mais existe, a não ser na memória dos mais antigos, com seus característicos personagens, ruas, usos, costumes, lendas urbanas e florestais. Um livro que li daquele jeito, num só fôlego, e que se inscreve exemplarmente na melhor das tradições da literatura épica/trágica que tão fortemente caracteriza os romances amazônicos desde há mais de um século.
Mas um livro ainda mais importante porque descreve com grande propriedade e qualidade literária a luta de um jovem acreano que, contra todas as circunstancias de uma vida sofrida e difícil no longínquo e tutelado Território Federal do Acre, insistiu em seguir o que dizia seu próprio coração. Assim, não foi muito difícil perceber que em grande medida, aquele romance era em grande parte autobiográfico e dessa forma capaz de revelar a fonte e a força de toda a dignidade que se podia ler nos olhos límpidos de Seu José Higino.
Pronto, foi o bastante para que eu me tornasse mais um dos fãs deste homem que em nossos breves e poucos encontros (muitos menos do que eu gostaria, na verdade) me ensinou lições fundamentais para toda a vida, que eu espero estar à altura de honrar. Dentre as quais, quero destacar ao menos uma. É que Seu José Higino passou por tantas, tão grandes e importantes funções ao longo de sua vida, que se pode dizer, sem medo de errar, que ele soube dar uma contribuição inestimável e incomensurável à formação da sociedade acreana, sobre as quais não vou repetir o que os jornais locais já escreveram ao longo da semana. Mas, pra mim, os moinhos de vento de Seu José Higino, verdadeiro cavaleiro de digna figura, eram de outra natureza. Eles não eram feitos de ilusão e de vaidade, mas antes de inteireza de princípios e de caráter. Não por coincidência, exatamente o que vi nos olhos da Jannice na primeira vez em que ela me falou sobre ele.
Às vezes é melhor abdicar de tentar explicar certos sentimentos e sentidos e apenas ouvir o que nos diz aquela bela e inesperada canção.

“Tua verdade fazendo história (...)
Tua ausência fazendo silêncio
em todo lugar(...)
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você”
O Teatro Mágico

Em Tempo
E já que o tema central do artigo de hoje, ainda que pesaroso, é, de certa forma, uma homenagem à vida e à dignidade acreanas. E graças também ao fato de que nem tudo nessa vida são tristezas, graças a Deus, não posso deixar de registrar aqui que, neste fim de semana, Xapuri está em festa. É que completou 80 anos a Dona Euri, matriarca do clã Figueiredo, um dos mais tradicionais da antiga Princesinha do Acre. Um clã do qual faz parte a doce e guerreira Eurilinda que nos últimos anos tem sido uma grande e fundamental companheira de lutas no complexo campo/ofício da gestão cultural. Por isso quero publicamente estender minhas homenagens não só à Dona Euri, mas à toda sua família e à própria Xapuri, que assim confirma seu singular destino de gerar filhas e filhos iluminados e muito importantes para todo o Acre. E, ao mesmo tempo constatar, enternecido, que mais uma vez se cumpre a sina e a felicidade acreanas de ter como seus esteios fundamentais grandes mulheres. Sem dúvida nenhuma: Abençoado é o Acre... da Rainha o Reinado.

Uma cidade em guerra*

Nesta ultima sexta-feira, 15 de outubro, um importante acontecimento da história acreana passou incólume, sem que quase ninguém dele se lembrasse. Mas sou capaz de apostar que ao menos o pessoal da nossa romântica “Confraria da Revolução” lembrou, porque essa é a natureza da memória, se alguém lembra, isso, por si só, já é suficiente para tornar qualquer acontecimento história.
As primeiras chuvas de outubro chegaram, como chegam todos os anos às margens dos rios acreanos, e encontraram uma terra varrida por tempos de guerra. A ameaça do domínio estrangeiro agora era uma realidade. O sangue tingia as águas que anunciavam o inicio do inverno amazônico. Na cidade, que mais tarde seria conhecida como Rio Branco, a população assistia atemorizada ao primeiro grande combate do exército formado por centenas de seringueiros e o exército regular boliviano. O resultado deste combate iria determinar os rumos da guerra e do próprio Acre daí por diante.

15 de outubro de 1902. Fazia 11 dias desde que começaram as lutas na Volta da Empreza. Agora, não se tratava mais de simples emboscadas nos varadouros e barrancos do Acre. Dessa vez era guerra de verdade. Os militares bolivianos haviam derrotado - pouco menos de um mês antes, em 18 de setembro - os mal armados e mal treinados seringueiros-soldados de Plácido de Castro, que se constituíam ainda num arremedo de exército. Com isso, a Volta da Empreza (Rio Branco) se tornou domínio boliviano e junto com Puerto Alonso (Porto Acre) passou a se constituir numa de suas praças fortes.
Era preciso reagir logo uma vez que a notícia da derrota havia se espalhado rapidamente pelos rios acreanos e poderia levar seringalistas e seringueiros a desmobilização, pondo fim à recém iniciada Revolução. Por isso, o comando revolucionário do exército acreano, reunindo cerca de trezentos homens, decidiu atacar o inimigo ainda no dia 05 de outubro.
A inferioridade numérica dos bolivianos, que não passavam de 180, era compensada pela presença de extensas trincheiras e pelo alambrado que protegiam o acampamento principal boliviano. Isso tornou a luta muito penosa. Os acreanos não podiam atacar diretamente as fortificações, sob pena de serem fragorosamente derrotados. A única forma de conquistar as trincheiras inimigas seria escavando trincheiras que em zigue-zague, lentamente se aproximavam das posições bolivianas.
Foram dias terríveis para ambos os lados em luta. Os mortos que tombavam nas trincheiras não podiam ser removidos por causa das balas que a todo o momento cortavam o ar pesado do campo de batalha. Logo a decomposição dos corpos tornou a permanência dentro das trincheiras, meio alagada pela chuva, insuportável.
Porém, a cada dia, a vitória acreana ficava mais evidente. O grande temor boliviano era de que o boato que circulava nas linhas de combate fosse verdadeiro. Dizia-se que os acreanos, cujas posições estavam a apenas seis metros da ultima linha de trincheiras bolivianas estavam prestes a executar o ataque final, onde não utilizariam armas de fogo, mas tão somente armas brancas. E não havia boliviano que não conhecesse a terrível fama das peixeiras dos cearenses, que eram manejados com extrema destreza e, em tempos de guerra, crueldade.
Diante disso tudo, no dia 15 de outubro, o Coronel Rozendo Rojas, comandante das forças bolivianas, finalmente se decidiu pela rendição.
Assim, a velha Volta da Empresa, hoje Rio Branco, voltou a pertencer aos acreanos, para nunca mais voltar a ficar sob domínio boliviano. Esta foi a primeira grande vitória do exército revolucionário acreano, justamente naquela que viria se tornar a maior e mais importante cidade acreana, a futura capital do Acre e centro do desenvolvimento regional de toda a Amazônia Ocidental... Coincidências... Apenas coincidências e reminiscências de um tempo já muito longínquo...
* Adaptado de artigo publicado no Jornal Estado do Acre, em 15 de outubro de 2001.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Eram os Deuses Arqueólogos? (II)

A pesquisa arqueológica que vem sendo realizada no Acre continua demonstrando vícios de origem que comprometem fortemente a credibilidade de seus resultados frente à comunidade científica. Apesar de possível, a essa altura uma correção de rumos parece de todo improvável, o que é verdadeiramente uma pena.


Há algum tempo atrás publiquei aqui nesta coluna uma síntese do trabalho que vem sendo desenvolvido por equipes multidisciplinares na região do norte da Bolívia, mais especificamente nas regiões do Llano de Mojos, Complexo de Baures e Itenez.
No artigo “As Zanjas Circundantes da Amazônia Boliviana e a paisagem cultural pré-histórica”, publicado neste jornal em 20 de julho do corrente ano, menciono como um dos aspectos mais notáveis e positivos daquela pesquisa o fato de que seus autores não tentam de antemão determinar a origem, a natureza e as funções dos sítios arqueológicos com estruturas de terras. Pelo contrário, levantam mais de uma dezena de hipóteses para possíveis utilizações de estruturas de terra geométricas, que também caracterizam aqueles sítios, à semelhança do caso acreano, bem como buscam informações sobre seus métodos construtivos, vinculação cultural e correlações regionais.
Exemplo radicalmente distinto do que temos visto nas pesquisas que vem sendo realizadas aqui no Acre e amplamente divulgadas na imprensa local e internacional. Em nosso caso os pesquisadores envolvidos escolheram o caminho de afirmar teorias deterministas em que suas hipóteses se sobrepõem às informações efetivamente obtidas pela pesquisa.
Por exemplo, no 2º Encontro Internacional de Arqueologia Amazônica – EIAA, recentemente realizado em Manaus, a coordenadora do projeto ora em andamento no Acre, Denise Schann, se esforçou para caracterizar que os sítios geométricos do Acre, que ela também chama de geoglífos, mesmo sem explicitar porque, tinham função eminentemente ritual, cerimonial, simbólica. Entretanto sua apresentação falhou redondamente por não reunir informações suficientes para embasar sua abordagem, pelo simples motivo que não as tem e, ao mesmo tempo, vem se recusando sistematicamente a considerar informações obtidas por outras equipes de pesquisa que não a sua.
Ora, é preciso considerar que é perfeitamente possível que os sítios geométricos do Acre tivessem função cerimonial ou simbólica. Mas também é bastante provável que tivessem outras funções, muitas das quais já foram aqui nesta coluna fartamente mencionadas, tais como: estruturas defensivas, agrícolas, hidráulicas, etc. Não é possível, portanto, no atual estágio das pesquisas, afirmar de forma taxativa que os sítios acreanos foram isso ou aquilo.
Eu mesmo já mencionei aqui a referencia que o relatório de William Chandless, o primeiro a descrever esse tipo de ocorrência no Acre em meados do século XIX, faz ao uso destes círculos de terra na realização de festas pelos grupos indígenas que ele contatou durante sua viagem de mapeamento do rio Acre. O que claramente remete a um uso ritual.
Entretanto, não é possível ignorar informações de outros viajantes e exploradores bolivianos, peruanos e europeus que se referiram às aldeias fortificadas entre os índios Tahuamanu dos rios Abunã e Madre de Dios. E nem, tampouco, afirmações de pesquisadores respeitados como Ondemar Dias Jr, que foi o primeiro a encontrar e pesquisar os sítios geométricos do Acre, que menciona em seus trabalhos a ocorrência contemporânea entre índios Kurina de estruturas de terra utilizadas para fins agrícolas.
Assim, Denise Schann se contenta com uma única referencia de Antonio Pereira Labre, explorador que percorreu as terras acreanas no final do século XIX – portanto, bem depois de Chandless, quando os seringais já se espalhavam pelos rios acreanos e a ocupação indígena da região já estava sensivelmente conturbada – no qual ele narra o encontro com índios Araona (que na época ocupavam parte das terras do vale do Acre, mas hoje só existem na Bolívia) no qual observou que eles cultuavam deuses que tinham formas geométricas. Pronto, foi o bastante para que a pesquisadora sugerisse de forma categórica que os sítios geométricos do Acre tinham uma função eminentemente ritualística de culto à deuses também geométricos.
Curiosamente, há cerca de oito anos atrás, baseado em diversos documentos e informações étnicas, lingüísticas e arqueológicas levantei a hipótese que os sítios geométricos do Acre estivessem relacionados à povos de língua Aruak, o que, aliás, também é aventado por pesquisadores que vem trabalhando na Bolívia. Mas isso não impediu que o arqueólogo finlandês Marti Parssinen, um dos pesquisadores associados à Denise Schann, questionasse minha abordagem dizendo que os dados ainda não eram suficientes para uma afirmação dessa natureza e importância.
Mas não me surpreenderia que Marti Parssinen também não assinasse em baixo da afirmação superficial de Denise Schann, já que ele, em uma demonstração de absoluta coerência científica, não usa o termo geoglífos para os sítios acreanos - termo que, aliás, já vem sendo questionado por vários pesquisadores da comunidade internacional, como eu avisei que iria inevitavelmente ocorrer – mas sim a denominação “earthworks” que equivale em inglês à denominação “estruturas de terra” utilizadas por Ondemar Dias Jr desde seus pioneiros trabalhos da década de 70. Da mesma forma que Marti Parssinen, não ignora em seus artigos as datações que obtivemos para os sítios do Acre, nas pesquisas realizadas entre 1992 e 2002, que recuam sua construção e ocupação até três mil anos atrás.
Muito diferente do que Denise Schann faz, já que ela prefere ficar com uma única datação obtida em um contexto arqueológico perturbado, para afirmar que os sítios acreanos tem 1.000 anos, simplesmente porque isso se encaixa melhor à sua teoria de ocupação da Amazônia, que praticamente ignora uma possível ligação dos sítios acreanos com os sítios do norte da Bolívia, mas inclui uma improvável conexão com o Xingu (e com grupos de língua Aruak, é bom que se diga), onde o norte-americano Heckenberger, que atualmente é o arqueólogo da moda no Brasil, faz pesquisas. O que é estranho, apesar de sintomático. Começo a desconfiar que haja uma inusitada conexão entre antigos deuses geométricos e certos deuses arqueólogos, donos de uma insuspeita capacidade de desvendar segredos e mistérios do nosso passado, num empolgante enredo mais digno de um novo filme de Indiana Jones do que de uma pesquisa científica consistente.

Recortes aleatórios da política

Já que hoje é dia de eleição que tal darmos uma olhada em alguns acontecimentos antigos da história política acreana, ainda na época em que nem havia eleições para o Governo do Território Federal, pinçados das páginas dos jornais.

Empreza, 11 de julho de 1907 - Anniversário do Exm° Sr. Prefeito do Departamento - O Capitão Domingos Jesuino de Albuquerque Junior.
O Acre - Órgão dos interesses Acreanos, 28 de julho de 1907, Cidade de Xapury

A PASSAGEM DO GOVERNO NO PALÁCIO RIO BRANCO.
Verificou-se, às 7,30 da manhã, o ato da passagem da administração do Território que não se revestiu de grande solenidade. O Governador Hugo Carneiro tomando da palavra declarou ao 1. Vice - governador João Câncio Fernandes.
O ACRE- Orgão Official, 6 de julho de 1930, Rio Branco.

O INTERVENTOR DO ACRE
Está confirmada a alvissareira notícia de haver sido nomeado para o cargo de Interventor deste Território o distinto advogado Dr. Francisco de Paula Assis Vasconcelos, grande proprietário de seringais nesta região, onde tem residência efetiva desde 1913.
... Nomeação feita sob indicação do invicto revolucionário General Juarez Távora,...
O ACRE - Orgão Official, 30 de Novembro de 1930, Rio Branco

O NOVO INTERVENTOR FEDERAL NO TERRITÓRIO.
Desde o dia 21 deste mês acha-se o Território sob o governo do exmo. Sr. Dr. José Moreira Brandão Castelo Branco Sobrinho, nomeado Interventor Federal pôr ato de 15 de agosto último do exmo. Sr. Dr. Getúlio Vargas. Magistrado aposentado com mais de 25 anos de serviços prestados à Justiça acreana, cidadão possuidor de adamantinas qualidades cívicas, morais e intelectuais (...).
O ACRE - Orgão Official, 30 de setembro de 1934, Rio Branco

O NOVO INTERVENTOR DO ACRE .
Consoante estava esperado chegou na manhã de 14 do corrente a esta capital, a bordo da chata Nictheroy, o novo Interventor Federal no, exmo. Sr. Dr. Manoel Martiniano Prado, nomeado para esse importante cargo pôr ato de 11 de fevereiro último, do exmo. Sr. Presidente da República.
O ACRE - Orgão Official, 1935, Rio Branco

GOVERNADOR EPAMINONDAS MARTINS.
Na noite de quinta feira, realizou-se um animado baile popular com distribuição dos doces e gelados aos convivas, no alojamento das praças, no Quartel da F.P.T.A ., achando-se ali presentes o exmo. Sr. Dr. Epaminondas Martins, Governador do Território, cercado de altas autoridades judiciárias e militares, além de todos os auxiliares de sua administração, famílias e elevado número de pessoas, representantes de várias classes sociais.
O ACRE - Orgão Official, 11 de abril de 1937, Rio Branco

O ACRE VAI RECEBER O SEU NOVO GOVERNANTE. (COM FOTO)
Pelo avião da Condor de quinta-feira próxima, 21 do corrente, chegará a esta capital o senhor Capitão Oscar Passos, nomeado Governador do Território do Acre, pôr ato de 24 de julho último, do Exmo. Sr. Presidente da República.
O ACRE - Orgão Official, 18 de agosto de 1941, Rio Branco

OBRAS E REALIZAÇÕES.
S. Excia. o Sr. Governador Silvestre Coelho dá início ao plantio da seringueira.
“Aquele que plantar seringueira será meu amigo, porque está trabalhando pelo desenvolvimento do Acre.”
O ACRE - Orgão Official, 21 de fevereiro de 1943, Rio Branco

“CREIO NO ACRE E NOS ACREANOS”
Assim falou o Major Guiomard dos Santos ao ser empossado no Governo do Território.
A posse do major Guiomard dos Santos revestiu-se de grande solenidade, com a presença de grande massa popular.
O ACRE - Orgão Official, 23 de maio de 1946, Rio Branco

TEM NOVO GOVERNADOR O TERRITÓRIO DO ACRE.
O Ten. Cel. Amilcar Dutra de Menezes, nasceu a 30 de agosto do ano de 1908, contados pois, 42 anos de idade. (...) É reformado no posto de Tenente Coronel.
O ACRE - Orgão Official, 8 de abril de 1951, Rio Branco

A mensagem na qual o Exmo. Sr. Dr. João Kubitschek de Figueiredo, comunica ao povo acreano, (Rio - 25 de março de 1953), que se exonerou do cargo de Governador deste Território, causou surpresa e grande pesar em todos os círculos sociais desta capital.
O ACRE - Orgão Official, 29 de março de 1953, Rio Branco


José Augusto discursando para a população em frente ao palácio Rio Branco, 01 de março de 1963, Ac.: CDIH/UFAC

PROMULGADA A CONSTITUIÇÃO ACREANA E EMPOSSADO O GOVERNADOR CONSTITUCIONAL. PROF. JOSÉ AUGUSTO DE ARAÚJO.
No dia 1° deste mês em Rio Branco, capital do Estado do Acre, realizou-se a promulgação da Constituição Acreana e a posse do governador eleito, Prof. José Augusto de Araújo.
O JURUÁ, 10 de Março de 1963.