terça-feira, 6 de abril de 2010

Fora, à parte (acho que é escrito assim o que se diz)

Como já disse antes, criei esse blog por insistencia do Toinho. Tenho dificuldades, e faço questão de admitir, com esse universo da Internet. Gosto de livros, de cheiro de papel, de ler no banheiro, na rede, na cama e onde mais me oferecer o acaso... Me incomoda a virtualidade e a impermanencia dos blogs, a inconsistencia dos e-mails, a superficialidade do twiters (que ainda nem frequentei, na verdade).
Mas como gosto de ser fiel aos amigos (apesar de inconstante que sou), me lembro também que fazia parte da sugerencia de Toinho que esse blog, em forma de espelho da coluna do jornal, pudesse ir um pouco além do impresso, antecipando textos, ou mesmo trazendo coisas que não cabem lá no Miolo de Pote de papel.
Assim... lá vai...

Pr'aquilo que se oculta

Minha poesia tem gosto de deserto.
Árida poesia que nem mais quer florescer.

Voltas de meu coração,
Não mentiroso,
Mas irremediavelmente
fantasioso...

Causa última dessa
desimpaciência
que me aniquila o verbo.

Só te peço
que não traia
Minha poesia
Porque é rara... e breve
como estrela cadente
que risca o céu
sem deixar, ao menos,
lembrança na retina.
Mas enquanto brilha...
Brilha...

Gosto das margens,
de andar no fio da navalha,
de buscar o infinito
contido em tudo que limita.

As raias da insanidade
talvez escondam,
enfim,
liberdade...

Obs: de hoje em diante será assim, portanto, o que achar que devo coloco aqui, só por desencargo de consciência... só não estranhem minha inconstância (ou inconsistência, ou incoerência, sequer)

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