“O registro do que ocorre
e segue rumo ao passado
depende do movimento progressivo.
O conhecimento do que acontecerá
depende do movimento retroativo.”
(I Ching, o Livro das Mutações, pg. 205)
Miolo de Pote – ANO IV
(ou Introduzindo devagar)
Hoje, finalmente, estou retomando a Coluna Miolo de Pote, depois de alguns dias de descanso, pra mim e pros improváveis leitores desta coluna. E devo confessar, logo de saída, que, durante este mês e meio de “férias”, senti muita falta do exercício semanal de escrever histórias do Acre, da Amazônia e de mim (já que é impossível fazer diferente).
E acho que aqui cabe uma explicação: faz alguns anos comecei com esta história de escrever sobre história acreana em jornais e revistas. Já escrevi na revista “N´Ativa” (1995), no jornal “A Gazeta” (1999), na revista “Outras Palavras” (entre 1999 e 2002), no jornal “O Estado do Acre” (2000 a 2001), no “Página 20” (2002 a 2003), em diversas revistas temáticas (Galvez e a Republica do Acre, Povos do Acre, 50 anos da Imaculada Conceição, 90 anos da Casa Farhat, Negros do Acre, etc.) editadas por instituições diversas, e finalmente na coluna Miolo de Pote desde 2006.
Tenho feito isso - não apenas pra divulgar temas, aspectos e sentidos da história regional que considero importantes demais para ficarem relegados ao completo esquecimento – mas, principalmente, pra não esquecer quem sou. Afinal de contas, nos últimos anos tenho atuado como gestor público, mas faço questão de não deixar de ser arqueólogo e historiador. Ou seja, não escrevo porque quero, mas porque preciso. Como, aliás, muitos dos que escrevem, (acho que a maioria) diga-se de passagem...
Seção Janela do tempo
De volta ao início.
Pra quem não se lembra, ou não viu, voltemos ao princípio, ao primeiro trecho desta coluna, que começou a ser publicada aqui no já longínquo ano de 2006 e que ainda nos revela o que, em alguma medida, tenho tentado fazer aqui:
“Esta semana estamos inaugurando uma nova coluna semanal aqui no Página 20.(...) “miolo de pote” que em acreanês significa papo furado, conversa à toa. Ou seja, esta coluna não tem compromisso com formatos ou temas obrigatórios, em contraposição às colunas que assinei anteriormente e tinham características bem definidas previamente.
Por outro lado, é importante ressaltar que para os arqueólogos, a presença de urnas, potes ou cacos de cerâmica é sempre reveladora de um sítio pré-histórico. E o que para o leigo é apenas um pote vazio, para o arqueólogo é um manancial extraordinário de informações e significados.”
(Página 20, em 13 de novembro de 2006)
Pra quem não se lembra, ou não viu, voltemos ao princípio, ao primeiro trecho desta coluna, que começou a ser publicada aqui no já longínquo ano de 2006 e que ainda nos revela o que, em alguma medida, tenho tentado fazer aqui:
“Esta semana estamos inaugurando uma nova coluna semanal aqui no Página 20.(...) “miolo de pote” que em acreanês significa papo furado, conversa à toa. Ou seja, esta coluna não tem compromisso com formatos ou temas obrigatórios, em contraposição às colunas que assinei anteriormente e tinham características bem definidas previamente.
Por outro lado, é importante ressaltar que para os arqueólogos, a presença de urnas, potes ou cacos de cerâmica é sempre reveladora de um sítio pré-histórico. E o que para o leigo é apenas um pote vazio, para o arqueólogo é um manancial extraordinário de informações e significados.”
(Página 20, em 13 de novembro de 2006)
E ai...?
(ou propostas indecorosas)
No fim do ano passado tomei um susto ao constatar que já estava publicando essa coluna há três anos. Me deparei então com a necessidade de repensar o que tenho feito e renovar a coluna. Senão, nem eu aguento. Por isso, vamos a partir de hoje construir um novo layout para a página, mas que pode se modificar até chegar a um padrão mais bem definido e agradável de se escrever e de ler.
E seguindo algumas sugestões de amigos, a quem importunei perguntando o que fazer com esta coluna para oxigena-la, vamos testar diferentes seções fixas que irão se alternar ao longo do mês nesta coluna, assim desenhadas (apesar de continuar aceitando sugestões dos amigos)...
Janela do tempo – Reprodução de matérias diversas (de jornais, livros ou anedotário popular) de períodos distintos para colorir histórias e conectar sentidos.
Seção Inter ativa – Ou comumente chamada também de “Seção do leitor”, um espaço para que o improvável leitor da coluna possa fazer perguntas, tirar dúvidas sobre a história acreana ou sugerir temas para serem abordados na coluna (que tentarei atender na medida de minha limitada capacidade atual de pesquisa)
Desafio do mês: Ou “Quem se lembra?” – Perguntas sobre fotografias ou acontecimentos históricos para que o leitor exercite sua memória. Talvez eu consiga alguns livros para presentear aos que desvendarem os tais desafios (será?)
Memórias (Crônicas) de agora – Textos em forma de crônicas sobre o cotidiano, temas e questões em debate atualmente na imprensa e suas conexões com a história acreana.
Além, é claro, dos artigos temáticos sobre a história e a pré-história do Acre (seção Botija de Histórias), já que essa é a razão ultima de tentar dar continuidade a essa coluna que já é, pelo menos, minha mais longa e permanente experiência em publicações periódicas.Ah, sim! Ia me esquecendo de dizer que, por sugestão e insistência do Toinho, esta coluna estará, a partir de amanhã disponível também na Internet, através do blog Miolo de Pote, que poderá apenas reproduzir os textos semanais aqui publicados, ou, eventualmente, trazer coisas outras... a ver...
Seção Memórias (Crônicas) de agora
Sobre Livros e pessoas
Livros são coisas muito especiais. Às vezes se parecem com pessoas. Afinal de contas pessoas normalmente possuem características estranhas. É que nem àquelas pessoas que você conhece algum dia, por acaso, e nunca mais cruzam seu caminho, mesmo que a se queira muito, em contraposição àquelas outras que você conhece assim, também por acaso, mas sempre voltam a nos encontrar inesperadamente e de forma repetida, mesmo sem motivo aparente pra isso. Assim também são os livros. Há aqueles que te perseguem por toda a vida, e aqueles que passam uma única e breve vez, pra nunca mais.
Do mesmo jeito os livros têm uma coisa parecida com as mulheres. Quando trabalham juntas, menstruam juntas. E quando uma engravida, logo vem uma série de mulheres barrigudas, como se fossem mesmo, as mulheres, bicho de ruma.
Pois num é que, na semana passada, ganhei quase que de uma vez, dois livros muito distintos, e, entretanto, tão parecidos em sua importância que não posso me furtar à obrigação de fazer alguns comentários sobre estas preciosidades recém-chegadas entre nós.
(continua semana que vem...)
Seção Inter ativa
Duvidas, perguntas e sugestões para esta coluna podem ser encaminhas à área de comentários desta página no site do jornal página 20 (www.pagina20.uol.com.br), ou ao Blog Miolo de Pote (www.colunamiolodepote.blogspot.com), ou ainda ao meu e-mail (mvneves27@gmail.com), que tentarei atender na medida do possível.
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